Embora  problemas relacionados à perda de memória sejam cada vez mais comuns  entre pessoas com mais de 60 anos, não é uma exclusividade da terceira  idade. Algumas pessoas podem experimentar certa dificuldade em encontrar  a palavra certa na hora certa, ou ainda esquecer os nomes de conhecidos  quando os encontram. Outras vão desenvolver problemas mais sérios,  perdendo a habilidade de se recordar de conversas ou mesmo toda a  familiaridade com os acontecimentos passados.
  A  rigor, memória é a coordenação de processos psíquicos que envolvem a  capacidade de registro, fixação, integração no acervo do conhecimento,  evocação e lembrança. Esses processos serão utilizados nos seis tipos de  memória: imediata, recente, remota, fotográfica, lógica e audiovisual.
  Na  velhice, algumas pessoas apresentam perda temporária de memória e certo  grau de confusão mental, também chamada de delírio. Quando essa perda é  mais persistente, recebe o nome de demência. É difícil, de imediato,  predizer se um paciente tem apenas problemas brandos e circunstanciais a  serem tratados ou se de fato está caminhando para um quadro mais grave.
  As  causas mais comuns da perda de memória são: efeitos colaterais de  medicamentos, pancadas, infecções, depressões, doenças de tireoide e  deficiência de vitamina B12, por exemplo. Portanto, é fundamental  identificar as causas que podem ser tratadas ou evitadas.
  Quando  um jovem tem problemas de memória, deve procurar seu médico e relatar  quando esses episódios acontecem, se estão relacionados a mudanças de  ambiente, se está tomando remédios (inclusive medicamentos naturais que  não necessitam de prescrição médica). Até o hábito de ingerir bebidas  alcoólicas é relevante no diagnóstico de perda de memória. Febre, dores,  tremores, perda ou ganho de peso também devem ser discutidos com o  médico. As fases de depressão que envolvem diminuição ou aumento de  apetite, bem como distúrbios do sono, são importantes na composição do  quadro.
  Alguns  testes para mapear a memória podem ser realizados por um especialista.  Eles geralmente incluem perguntas básicas que vão exigir diferentes  esforços de memória. Quando o teste comprovar um distúrbio, o médico  conversará com o paciente, seus familiares e com a pessoa responsável  pelos seus cuidados (se houver) para, juntos, avaliarem possíveis  causas.
  Mal  de Alzheimer, determinadas doenças vasculares no cérebro ou até mesmo  um quadro de sífilis mal cuidado são algumas possíveis causas. Além de  um histórico completo do paciente, exames físicos são necessários, como  hemograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
  Vale  ressaltar que a memória é dividida em partes: memória de curto prazo e  memória de longo prazo. Notamos que os idosos têm mais dificuldade em se  lembrar de fatos recentes do que de acontecimentos que marcaram seu  passado. Embora os cientistas que estudam a memória ainda não tenham  encontrado justificativa para essa alteração de memória com o passar dos  anos, vale uma dica: não se desespere se você for surpreendido por  alguns lapsos de memória. Mantenha-se confiante, procure ajuda  profissional e não deixe que meras suspeitas abalem o seu astral. Uma  boa disposição mental é fundamental em qualquer tratamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário