quarta-feira, 15 de junho de 2011

Perda de memória não é exclusividade da terceira idade

  Embora problemas relacionados à perda de memória sejam cada vez mais comuns entre pessoas com mais de 60 anos, não é uma exclusividade da terceira idade. Algumas pessoas podem experimentar certa dificuldade em encontrar a palavra certa na hora certa, ou ainda esquecer os nomes de conhecidos quando os encontram. Outras vão desenvolver problemas mais sérios, perdendo a habilidade de se recordar de conversas ou mesmo toda a familiaridade com os acontecimentos passados.
  A rigor, memória é a coordenação de processos psíquicos que envolvem a capacidade de registro, fixação, integração no acervo do conhecimento, evocação e lembrança. Esses processos serão utilizados nos seis tipos de memória: imediata, recente, remota, fotográfica, lógica e audiovisual.
  Na velhice, algumas pessoas apresentam perda temporária de memória e certo grau de confusão mental, também chamada de delírio. Quando essa perda é mais persistente, recebe o nome de demência. É difícil, de imediato, predizer se um paciente tem apenas problemas brandos e circunstanciais a serem tratados ou se de fato está caminhando para um quadro mais grave.
  As causas mais comuns da perda de memória são: efeitos colaterais de medicamentos, pancadas, infecções, depressões, doenças de tireoide e deficiência de vitamina B12, por exemplo. Portanto, é fundamental identificar as causas que podem ser tratadas ou evitadas.
  Quando um jovem tem problemas de memória, deve procurar seu médico e relatar quando esses episódios acontecem, se estão relacionados a mudanças de ambiente, se está tomando remédios (inclusive medicamentos naturais que não necessitam de prescrição médica). Até o hábito de ingerir bebidas alcoólicas é relevante no diagnóstico de perda de memória. Febre, dores, tremores, perda ou ganho de peso também devem ser discutidos com o médico. As fases de depressão que envolvem diminuição ou aumento de apetite, bem como distúrbios do sono, são importantes na composição do quadro.
  Alguns testes para mapear a memória podem ser realizados por um especialista. Eles geralmente incluem perguntas básicas que vão exigir diferentes esforços de memória. Quando o teste comprovar um distúrbio, o médico conversará com o paciente, seus familiares e com a pessoa responsável pelos seus cuidados (se houver) para, juntos, avaliarem possíveis causas.
  Mal de Alzheimer, determinadas doenças vasculares no cérebro ou até mesmo um quadro de sífilis mal cuidado são algumas possíveis causas. Além de um histórico completo do paciente, exames físicos são necessários, como hemograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
  Vale ressaltar que a memória é dividida em partes: memória de curto prazo e memória de longo prazo. Notamos que os idosos têm mais dificuldade em se lembrar de fatos recentes do que de acontecimentos que marcaram seu passado. Embora os cientistas que estudam a memória ainda não tenham encontrado justificativa para essa alteração de memória com o passar dos anos, vale uma dica: não se desespere se você for surpreendido por alguns lapsos de memória. Mantenha-se confiante, procure ajuda profissional e não deixe que meras suspeitas abalem o seu astral. Uma boa disposição mental é fundamental em qualquer tratamento.

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